Duas possíveis soluções para o problema da violência nas escolas
Novamente vamos nos valer de notícias recentemente publicadas sobre a educação em nosso país para discutir, na coluna de hoje, sobre um dos mais graves problemas que afligem alunos, professores, funcionários e as escolas, de um modo geral, a violência.
O município de Vila Velha, na região metropolitana de Vitória (ES), está usando a tecnologia para tentar conter a violência escolar. Já começou a funcionar em 50 das 92 unidades da rede pública municipal um novo sistema de segurança chamado de Botão de Pânico. Similar a um pequeno controle remoto, o aparelho será usado para acionar uma central de segurança em caso de emergência. O alarme funcionará integrado a uma central de vídeo-monitoramento em dez unidades. Segundo a prefeitura, dentro de 90 dias, o sistema será levado a todas as escolas da rede municipal
O sistema funciona interligado a uma empresa de segurança privada, contratada pela prefeitura. Ao ser acionado, o dispositivo, que vai ficar em poder do diretor de cada unidade, emite um alerta para a central de monitoramento, que envia uma patrulha escolar até o local. Em casos mais graves, os agentes que trabalham na patrulha podem pedir ajuda à Guarda Municipal ou à Polícia Militar.
O investimento para implantação do sistema fica entre R$ 8 mil e R$ 13 mil, dependendo do tamanho de cada unidade escolar. As câmeras, além de gravarem toda a movimentação no interior da escola, também registram o que acontece nas redondezas da unidade. O objetivo, segundo o secretário de Educação, é coibir a violência escolar e o tráfico de drogas. Testado em uma unidade durante o ano de 2009, o sistema teria reduzido de vinte para zero o número mensal de ocorrências.
Já no centro-oeste do país, uma iniciativa da escola Escola-Classe 203, na cidade-satélite de Santa Maria, a 35 quilômetros de Brasília, teve grande sucesso na redução da violência entre estudantes. Com a promoção de gincanas para os alunos da educação infantil e um campeonato com diversas modalidades esportivas para os estudantes das séries iniciais do ensino fundamental, a escola pôde observar a redução dos casos em que alunos submetiam colegas a humilhações públicas e intimidações, o chamado bullying.
Segundo matéria publicada no site do Ministério da Educação (MEC), a orientadora educacional da instituição, afirmou que excelentes resultados foram alcançados com a iniciativa. Segundo ela, os alunos que brigavam passaram a organizar equipes esportivas, estratégias de jogo e torcidas organizadas. A prática esportiva e as gincanas ajudaram também a melhorar a relação dos alunos e professores. O trabalho foi tão positivo que será realizado novamente no início deste ano letivo e o modelo deverá ser exportado para outras escolas da rede pública do Distrito Federal.
Repressão, vigilância e força de um lado. Esporte, orientação e acompanhamento do outro. Qual será a melhor forma de combater a violência na escola ? Acredito que não podemos condenar e nem criticar práticas similares ao primeiro exemplo relatado, pois em alguns casos a situação já se encontra fora do controle e a repressão acaba por se a melhor (senão a única) saída possível para a eliminação ou minimização do problema. Mas não há dúvidas de que a prevenção ainda é o melhor remédio. Por isto, acho que o segundo exemplo é que deve ser tomado como balizamento para as ações dos educadores, pois, não há nenhuma dúvida de que esporte combina bem mais com educação do que polícia.
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