E-book : será o fim do livro de papel ? ( Parte II)
Semana passada começamos a discutir a questão dos e-books ou livros digitais, que já são a nova mania tecnológica lá no primeiro mundo e que começam a chegar em nossas terras tupiniquins. Os grandes produtores mundiais estão lançando sua nova linha de equipamentos, mais modernos e que fizeram muito sucesso na última bienal em São Paulo.
Isto me faz lembrar de outros tempos idos quando foi lançado o vídeo-cassete. Foi um alvoroço só. Todos diziam que o cinema iria acabar. É bem verdade que, nas cidades menores, alguns empreendimentos realmente fecharam, pois as pessoas passaram a assistir filmes em casa mesmo. Passada esta fase, algumas delas voltaram a abrir, muito em função do prazer que a gente tem quando assiste aos filmes numa tela grande, no escurinho, comendo pipoca !
Depois foi a vez do surgimento do DVD e novas previsões pessimistas foram lançadas. Hoje, constatamos que a indústria cinematográfica está ganhando duas vezes: quando se lança o filme no cinema e quando se lança o mesmo filme em DVD ! A questão da pirataria deve ser considerada à parte, pois diminui significativamente os lucros das grandes companhias do cinema, que, apesar de tudo, continuam lucrando muito, com faturamentos batendo astronômicas cifras na casa dos milhões de dólares !
E quando surgiu o CD e, logo depois, a música pela Internet ? Foi anunciado o fim das gravadoras ! Claro que o mercado teve que se reestruturar e até hoje as coisas estão chegando em seu lugar. Pode-se comprar apenas uma música ao invés de um CD inteiro, quando não se gosta do resto ! Apesar dos novos paradigmas, as mídias sobreviveram e se interagem umas com as outras. Hoje podemos ouvir músicas em CDs, equipamentos de MP3 e celulares. Ah, os celulares ! Esta foi eleita a mídia preferida dos consumidores e hoje agrega várias funções. Nestas fantásticas maquininhas podemos ouvir rádio ou a música preferida baixada da Internet, tiramos fotos, filmamos, fazemos compras, acessamos a internet e, acreditem, até falamos com outras pessoas através deles !
Enfim, vivemos mais uma fase de mudanças tecnológicas intensas ! O livro digital já é uma realidade que não deve substituir o livro, conforme o conhecemos hoje em dia. Pelo contrário, acredito que vão co-existir por muito tempo. Acho até que vai virar uma opção para aqueles menos chegados à celulose ou para os mais jovens que lêem muito pouco mas adoram o mundo dos computadores ! Talvez estes até se sintam motivados a ler mais por se tratar de um monitor luminoso ao invés de páginas de papel ! Quem viver verá !
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