Ainda sobre o fim do Vestibular
O assunto “fim do vestibular” que abordamos em nossa coluna inaugural da semana passada vem causando muitas dúvidas na cabeça das pessoas, principalmente na dos jovens que estão se preparando para o processo de seleção em 2009 e também na daqueles que intencionam entrar em um curso superior nos próximos anos.
Voltamos ao assunto na coluna de hoje para esclarecer que ainda não há decisões definitivas sobre o tema. O ministro da Educação Fernando Haddad tem se reunido sistematicamente com sua equipe do Ministério da Educação (MEC) e, principalmente, com os reitores das universidades federais, na tentativa de se chegar a um ponto comum que propicie a implantação do novo modelo proposto.
Em reunião recente com os reitores, o MEC anunciou que as universidades federais terão quatro formas de utilizar o novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como vestibular:
1- usar o Enem como prova única para a seleção de ingresso;
2- substituir apenas a primeira fase do vestibular pelo Enem;
3- combinar a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional. Nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva;
4- usar o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.
O MEC pretende defender a implantação da nova prova como fase única de seleção para as universidades, mas segundo o próprio ministro, seria autoritário e arbitrário por parte do MEC só aceitar participação na modalidade de fase única.
Desta forma, as instituições de ensino terão liberdade para escolher qual forma adotar e para sugerir outras aplicações do novo Enem no ingresso e na seleção de vestibulandos. O MEC já informou que as universidades federais terão até o dia 8 de maio para decidir se vão ou não aderir ao novo Enem, e em caso positivo, em qual formato vão participar.
As universidades poderão, inclusive, utilizar mais de uma modalidade, dependendo do curso. Isto significa que será possível adotar o novo Enem como fase única para cursos menos concorridos, e como primeira fase para graduações mais disputadas (como é o caso do curso de medicina, por exemplo). Além das Universidades Federais, outras universidades e faculdades estaduais e particulares também poderão participar do processo e ingressar nesta nova modalidade de seleção.
Muitas discussões e negociações ainda estão por vir até a decisão final de como será o novo processo de seleção para ingresso nos cursos superiores. De certo mesmo, por enquanto, apenas a impressão de que “nada será como antes”. Um abraço a todos e até a próxima.
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