sábado, 1 de agosto de 2009

Coluna “Falando de Educação” - Ano I – Número 15 – 01 de Agosto de 2009

MEC autoriza prova especial depois do pôr do sol

Terminado o prazo de inscrições para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), foram contabilizados 4.576.126 (quatro milhões, quinhentos e setenta e seis mil, cento e vinte e seis) estudantes inscritos para a prova, que irá substituir, total ou parcialmente, o vestibular, em cerca de 40 universidades federais. O número pode variar um pouco devido a uma parcela de alunos oriundos de escolas particulares que se inscreveram e que, por algum motivo, não pagaram a taxa na rede bancária. Os alunos das escolas públicas ficaram isentos do pagamento.

Apesar do grande número de inscritos, o número ficou abaixo da expectativa do MEC (Ministério da Educação), que fazia contas com algo em torno de 6 milhões de interessados em fazer as provas, que têm a previsão de serem realizadas nos dias 3 e 4 de outubro, em 1619 municípios em todo o Brasil. A prova do ENEM também é obrigatória para todos que desejam concorrer a bolsas de estudo em faculdades e universidades particulares através do Programa Universidade para Todos (PROUNI), do governo federal.

Como houve alteração da metodologia de seleção e, a partir de agora, as provas terão a duração de dois dias, ao invés de apenas um, como era na maneira tradicional, um problema foi detectado: estudantes religiosos que guardam o sábado e não podem realizar as provas neste dia.

A solução para a questão chegou através de um comunicado do INEP (órgão do MEC responsável pelo Enem), informando que dará a estes estudantes religiosos a oportunidade de fazerem as provas no próprio sábado, apenas depois do pôr do sol. A medida deve beneficiar principalmente vestibulandos adventistas e judeus. No dia do exame, todos os inscritos entrarão no local de prova juntos, até as 12:55 h. Os candidatos que solicitarem o horário especial esperarão em uma sala separada, sem acesso a livros ou meios eletrônicos durante a espera.

Mesmo com estas medidas, a comunidade judaica apontou novos problemas. De acordo com as normas da religião, os judeus não podem andar de carro, pegar ônibus ou metrô, carregar objetos ou escrever, entre outras proibições, do pôr do sol de sexta ao pôr do sol de sábado. Desta forma, os estudantes não poderão carregar nada, nenhum documento e nenhuma comida para o local da prova, já que têm que esperar esse tempo todo. Outro problema é que a comunidade comemora, entre os dias 2 a 8 de outubro, um feriado religioso (Sucot), que também impõe restrições às atividades, o que inviabiliza a prova tanto no sábado quanto no domingo.

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