Mais sobre o tema do momento: o ENEM
O tema do momento continua sendo a prova do Exame Nacional do Ensino Médio, nosso conhecido ENEM, que foi aplicada no primeiro fim de semana de novembro. Enquanto alunos de Curitiba e São Paulo aproveitaram o feriado de 15 de novembro para protestar contra as falhas do exame e reivindicar melhores condições no ensino no país, o Ministério da Educação (MEC) já publicou uma página na Internet para que os estudantes que tenham sido prejudicados por erros na folha de respostas (que estavam com o cabeçalho das duas provas trocados) possam solicitar (até 19 de novembro) a correção invertida do gabarito. Maiores informações no site http://sistemasenem2.inep.gov.br/correcaoprova/.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, informou que já teve início a sindicância interna que vai apurar qual foi a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) no erro de impressão dos cartões de resposta do Exame Nacional do Ensino Médio. O MEC calcula que, até o momento, cerca de 200 estudantes deverão refazer as provas do Enem por causa dos erros de impressão nos cadernos de prova amarelos. Por outro lado, diversas entidades defendem que todos os alunos que tenham se sentido prejudicados pelos erros na aplicação do exame tenham a chance de fazer as provas novamente em caráter opcional. Essa possibilidade, que está sendo descartada pelo ministro, poderia atrasar o calendário das 83 instituições de ensino superior que usam a nota da prova como critério de seleção.
O ministro vem negando veementemente que a credibilidade do exame tenha sido abalada pelas falhas, ressaltando que o número de inscritos aumentou do ano passado para cá e que as falhas são "superáveis". Ele ressaltou que os prejudicados são apenas 0,1% do total. Disse também que nenhum sistema está imune a problemas técnicos e que não se pode colocar a reputação das instituições em dúvida em função de um equívoco. "Ninguém ouviu da parte do Ministério nenhuma acusação a incompetência do setor gráfico. Há a compreensão de que elas fizeram o seu melhor". O ministro afirmou que a data oficial das novas provas para os estudantes que quiserem refazer o teste deverá ser divulgada até o início da próxima semana.
Apesar de toda esta movimentação do MEC, a Defensoria Pública informou que pretende recorrer da decisão que liberou o o Exame Nacional do Ensino Médio. Durante esta semana, o Tribunal Regional Federal - 5ª Região derrubou a liminar que suspendia o Enem. Para tanto, a Defensoria Pública precisa da aprovação da juíza da 7ª Vara Federal do Ceará, Karla Almeida, para que o órgão entre como co-autor, em conjunto com o Ministério Público, na ação que pede a anulação das provas realizadas em novembro. O objetivo da Defensoria é somar forças para garantir o direito de isonomia de todos os candidatos prejudicados com as falhas ocorridas durante a aplicação das provas.
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